tag:blogger.com,1999:blog-86599180930413380872024-02-06T19:29:01.071-08:00La Maison de l'ArtCarmen La Viehttp://www.blogger.com/profile/04122924738593432395noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-8659918093041338087.post-85456179021567657142010-03-27T15:42:00.000-07:002010-03-29T17:17:28.565-07:00"Armando a Metamorfose"<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizNNGr54HYmDaB2v4XMz98OZbvMAWZuER3wKOpwLVICF5xLWWsLmiwPP4YXfgVPaxO0Qjltvy_KHna56NRfFSDhyphenhyphenHFicj7EIyqmOfteog-bzXwfZ4xp1levjOsLcdJ2VeR-efpszIY14I/s1600/armando.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5454209624685191666" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 226px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizNNGr54HYmDaB2v4XMz98OZbvMAWZuER3wKOpwLVICF5xLWWsLmiwPP4YXfgVPaxO0Qjltvy_KHna56NRfFSDhyphenhyphenHFicj7EIyqmOfteog-bzXwfZ4xp1levjOsLcdJ2VeR-efpszIY14I/s320/armando.jpg" border="0" /></a><br /><div><br /><span style="font-family:verdana;">Nasceu em Sorocaba em 30 de outubro de 1934 e é funcionário público aposentado da Justiça do Trabalho. Casado com Vilma constituiu uma bela família da qual vive rodeado constantemente de filhos e netos.</span></div><br /><div><span style="font-family:verdana;">Licenciado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Sorocaba, exerceu o magistério superior na Faculdade de Comunicação Social de Itapetininga (FKB) e na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Tatuí.</span></div><div><span style="font-family:verdana;"></span> </div><div><span style="font-family:verdana;">Membro da Associação Sorocabana de Imprensa, foi um dos 14 membros efetivos fundadores da Academia Sorocabana de Letras e seu presidente no biênio 1993/1995.</span></div><div><span style="font-family:verdana;"></span></div><div><span style="font-family:verdana;">Coincidentemente, presidiu o Conselho Municipal de Cultura. No período, a Academia co-editou, com o Conselho Municipal de Cultura, o Fundo de Assistência à Cultura e à Educação (Faced) e a OSE, vários opúsculos, entre os quais tudo começou na Escola Profissional, de Afonso Celso de Oliveira (1995), Estórias populares de São Paulo (Piracicaba – Sorocaba – Botucatu), de Waldemar Iglésias Fernandes, com prefácio de Hernâni Donato (1994) e Sorocaba, urgente! (1995), de Valter Luiz da Silva. </span></div><br /><div><span style="font-family:verdana;">Armando Oliveira Lima presidiu o Gabinete de Leitura Sorocabano (1979/1981), numa das mais dinâmicas gestões da centenária instituição cultural. Na ocasião, coordenou, juntamente com o advogado Antônio R. Figueiredo e o jornalista Geraldo Bonadio, a "Semana das Liberdades", promovida conjuntamente pelo Gabinete, Associação Sorocabana de Imprensa e Associação dos Advogados de Sorocaba que trouxe a Sorocaba personalidades como Fernando Moraes, Gianfrancesco Guarnieri, Hélio Bicudo e Fernando Henrique Cardoso. </span><br /></div><div><span style="font-family:verdana;"></span></div><br /><div><span style="font-family:verdana;">Sempre foi colaborador assíduo da imprensa sorocabana e durante vários anos foi cronista do Jornal Diário de Sorocaba. Teve ativa participação no teatro amador sorocabano, como autor de várias peças, entre as quais “Espoletildo”, co-fundador do Teatro dos Três e presidente da Federação de Teatro Amador da Baixa Sorocabana (FETABAS).Foi fundador e coordenador da Elu (Editora Literatura Universal), o mais bem sucedido clube do livro do mês de nossa cidade. Como editor, deu ênfase à publicação, por aquela casa, de autores sorocabanos como Messias P. de Paula (Histórias de 2000 anos) e Benedito Walter Marinho Martins (Praia da Banana), que obtiveram grande sucesso editorial. Em 1972, quando do Sesquicentenário da Independência, coordenou e foi um dos autores de “A Luta pela Independência”, também publicado pela Elu.</span><br /></div><div><span style="font-family:verdana;"><br />Publicou o livro de poemas Pés no chão (Elu, 1973), os Opúsculos Ave, Cristo (1982), Pesquisa escolar (OSE- 1982), Emília no mundo dos livros (OSE, 1982) e Impróprios culturais (Academia Sorocabana de Letras, 1997).É autor dos artigos “Escravidão na história e na literatura brasileira” (v. 9/1, 1983) e “Do espírito universitário” (v. 16/1, 1990), publicados na Revista de Estudos Universitários, da Uniso.Preside atualmente o Instituto Darcy Ribeiro de Sorocaba que homenageia anualmente personalidades culturais importantes da cidade de Sorocaba e da região.</span><br /></div><div><span style="font-family:verdana;"><br />É consultor do Núcleo de Cultura Afro-Brasileira, da Universidade de Sorocaba.É o criador e organizador do concurso de poesia “Depoesia” de Sorocaba que, sob sua coordenação vem anualmente premiando novos talentos da cidade de Sorocaba e região. Co-fundador da Academia Sorocabana de Música, foi por curto período, patrono por eleição direta do Centro Acadêmico da Faculdade de Filosofia de Sorocaba.Co-fundador do MUE – Movimento Universitário Espírita e da Revista “A Fagulha”. Nessa época foi difusor do espiritismo, proferindo palestras e escrevendo artigos sobre o tema.Recebeu da Câmara Municipal de Sorocaba o título de Cidadão Emérito por indicação do ex-vereador Horácio Blazeck. </span><br /></div><div></div><br /><div><span style="font-family:Verdana;"><strong><span style="font-size:78%;">Fonte: </span></strong><a href="http://www.sorocult.com.br/"><strong><span style="font-size:78%;"><a href="http://www.sorocult.com.br/cartaz">www.sorocult.com.br</span></strong></a>/<span style="font-size:78%;color:#000000;"><strong>cartaz</a> Radar Comunicações/Exposição organizada por Carmen Oliveira Lima</strong></span></span></div><div><strong><span style="font-family:Verdana;font-size:78%;"></span></strong> </div><div><strong><span style="font-family:Verdana;font-size:78%;">PS.: Quando criança achava estranho Armando, sempre na máquina de escrever, um cigarro na boca, nunca olhava o teclado e conversava ao mesmo tempo, uma visão diferente ! Mais tarde tornei-me fã...</span></strong></div>Carmen La Viehttp://www.blogger.com/profile/04122924738593432395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8659918093041338087.post-20797708254566249942010-03-14T14:46:00.000-07:002010-03-14T15:02:13.810-07:00Sorocabanas ...<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlvQwukowqzgM2TJeZeURu9apTsyc2ux_78CfJ2y5JDcdsHLzqzGUuNIudTL5EyuZYjDNSFUdO9atfj26oGvA7JhmmwslGBiZQrfM5WjN-g4HDl4C6bgC_b2SSu02p59wRQffI31f_3os/s1600-h/janice.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5448610950860420610" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 214px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlvQwukowqzgM2TJeZeURu9apTsyc2ux_78CfJ2y5JDcdsHLzqzGUuNIudTL5EyuZYjDNSFUdO9atfj26oGvA7JhmmwslGBiZQrfM5WjN-g4HDl4C6bgC_b2SSu02p59wRQffI31f_3os/s320/janice.jpg" border="0" /></a><strong><span style="font-size:78%;"> Andréia Nhur e Janice Vieira</span></strong></div><strong><span style="font-size:78%;"></span></strong><div align="center"><br /></div><div align="center"><span style="font-family:verdana;"></span></div><div align="center"><br /></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;">“No momento em que a gente dança, alguma coisa mágica acontece. Talvez um transe, um êxtase, não sei”. A frase foi dita por alguém que viveu uma vida toda dedicada à arte de dançar. Coreógrafa e dançarina, Janice Vieira foi um marco da dança moderna em Sorocaba. Em 1963, montou a primeira academia de dança da cidade, onde grandes referências da área, como Mônica Minelli e Ismênia Rogick, se formaram. Com seu grupo de alunos, propagou o nome de Sorocaba por todo o Brasil, fazendo apresentações de coreografias em programas de TV de emissoras como Tupi e Cultura. Hoje, aos 68 anos de idade, Janice define sua carreira como uma sucessão de acontecimentos que a encaminharam a algum lugar. “Hoje penso que era muito incomum uma menina pobre numa cidadezinha do interior começar a estudar balé”, diz. E foi assim que tudo começou. Aos 10 anos de idade, época em que já tocava acordeão, Janice foi assistir uma apresentação de balé em Itapetininga, cidade onde morou até mudar-se para Sorocaba, aos 13 anos. Ficou encantada ao ver uma jovem dançando na ponta dos pés. “Era a Miriam Rabello, com quem passei a ter aulas de dança. Nesse mesmo período, comecei a fazer minhas próprias coreografias e desenvolver a criação em dança”, conta. Nos anos 70, ao lado do bailarino Denilto Gomes, Janice marcou seu nome na história da dança, ao liderar o grupo Pró-Posição Ballet Teatro, responsável pela produção de dois espetáculos revolucionários da dança moderna brasileira: Boiação (1977) e O Silêncio dos Pássaros (1978). Ela também foi docente em várias universidades, autora de diversas coreografias expressivas, além de ter recebido muitos prêmios. Atualmente desenvolve projetos ao lado da filha, Andréia Nhur, e atua no resgate do material do Grupo Pró-Prosição, além da criação sonora e figurinos das peças do grupo Katharsis da Uniso.</span></div><div align="left"><br /></div><div align="left"><span style="font-family:Verdana;"></span></div><div align="left"><br /></div><div align="left"><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;"><strong>Fonte: Vanessa Olivier</strong></span></div>Carmen La Viehttp://www.blogger.com/profile/04122924738593432395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8659918093041338087.post-30311050087402756412009-10-26T11:07:00.000-07:002009-10-26T11:38:14.761-07:00Gai Sang<p><u><span style="color:#0000ff;"></span></u><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNID861VuCErPljBAx7o_D093GgKXrvgqAEJPlL2IvbJQKcd4_l5c8kmwaayUoHgih2c6Ce0L9KRRzHF5moMMoTttqjciAqe5agdMnwfT0x-sKdKpMPSU05TtU2m_7y0NkJ5GdAn-pzCw/s1600-h/gai+sang.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5396972017446314402" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 270px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNID861VuCErPljBAx7o_D093GgKXrvgqAEJPlL2IvbJQKcd4_l5c8kmwaayUoHgih2c6Ce0L9KRRzHF5moMMoTttqjciAqe5agdMnwfT0x-sKdKpMPSU05TtU2m_7y0NkJ5GdAn-pzCw/s320/gai+sang.jpg" border="0" /></a></p><p> </p><p align="center"><br /><strong><span style="font-size:85%;">Gai Sang - Gai Sang Oliveira Cheung</span></strong></p><strong><span style="font-size:85%;"></span></strong><p><br /> Jornalista formado pela PUC - CAMP em 1980. Trabalhou no extinto jornal ''Hoje'', em Campinas, e colaborou com o jornal ''Correio Popular'' da mesma cidade. Em 1984 transferiu-se para Sorocaba onde atuou no jornal ''Cruzeiro do Sul'' até 1988. Depois atuou como free-lancer e colaborador de diversas publicações. Ao mesmo tempo esteve a frente de diversos projetos culturais na cidade de Sorocaba como o Cinebando Cineclube, CineSenac, Vídeomostra do Senac e a Sessão de Arte no Sorocaba Shopping, entre outros. Também teve atuação destacada na área teatral onde fez adaptações e escreveu diversos textos entre os quais se destacam ''O Baile'' (adaptação do filme homônimo, ''Blue Moon'', ''A Fúria'', ''Os Maus Se Perfumam Com Gasolina'', ''O Castelo do Bispo'', ''A Senhora da Razão'', ''Ritos do Amor e do Esquecimento'' e ''Anjos & Cowboys'', entre outros. Como encenador dirigiu apenas um espetáculo, ''A Longa Espera de Uma Incessante Procura'', texto de Cláudio Eduardo de Castro, em 1983. Foi também um dos idealizadores do projeto musical ''Som da Gente'' (1985) que tinha o objetivo de divulgar artistas locais. Mais tarde, o evento serviria de base para o projeto ''De Olho no Som'', criado e organizado pelo músico Celso Magrão.<br /> </p><p>Fonte: <a href="http://www.sorocaba.com.br/enciclopediasorocabana"><strong><span style="font-size:85%;">www.sorocaba.com.br/enciclopediasorocabana</span></strong></a></p>Carmen La Viehttp://www.blogger.com/profile/04122924738593432395noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8659918093041338087.post-83760431379629895852009-10-08T15:57:00.001-07:002009-10-08T16:04:20.608-07:00Bluesman Marcos Boi<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVsKQ3XjIam2T96NVgRxgmqOULBKbGgkyl3zpp9e6B_6DE08e4TDg1ABajypAR6MqrFFt_rJ2D2Nc8-Qy2KGvHzi4NiD1MfkRHYustwsPjfsCzGkaMK9qmQIIvJgypQ3fxKG6xGTUiPCA/s1600-h/marcos+boi+2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5390367357472205458" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 298px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVsKQ3XjIam2T96NVgRxgmqOULBKbGgkyl3zpp9e6B_6DE08e4TDg1ABajypAR6MqrFFt_rJ2D2Nc8-Qy2KGvHzi4NiD1MfkRHYustwsPjfsCzGkaMK9qmQIIvJgypQ3fxKG6xGTUiPCA/s320/marcos+boi+2.jpg" border="0" /></a><br /><div align="center"><strong><span style="font-size:78%;">O músico e produtor musical Marcos Boi entrevistado do </span></strong></div><div align="center"><strong><span style="font-size:78%;">Programa PROVOCARE FM, da Rádio Cruzeiro FM (92,3 MHz) </span></strong></div><strong><span style="font-size:78%;"><div align="left"><br /></span></strong></div><br />Nascido em Mairinque, Marcos Renato da Silva iniciou os estudos de solfejo e teoria musical em 1976, com Waldemar Oliveira. Estudou piano, violino, guitarra e violão, além de aprofundar seus estudos no Conservatório Dramático Musical Carlos de Campos, de Tatuí.<br /><br />Em 1998, Marcos Boi gravou o CD “Diversônico”, com a banda de rock Deciberro. A música de trabalho – “Terra Rasgada” – tocou nas principais rádios do Estado, além da divulgação em programas das principais emissoras de TV. Ainda em 1998, ele iniciou seu trabalho solo como bluesman, criando a banda Mad Dog Blues, que lançou o cd “Cachorrada”, em 1999. Desde então, o músico tocou nos principais eventos e casas de blues.<br /><br />Ao lado de diversas cantoras como Márcia Mah, Misty, Marinete Marcato e Simone Silva, Marcos Boi atua como sideman, profissional contratado para gravar em um grupo que ele não faz parte, função bastante requisitada no mundo musical. Marcos também trabalhou como produtor cultural na Oficina Regional Grande Otelo, além de ministrar aulas sobre a história do blues em diversas escolas e entidades.<br /><br />Atualmente Marcos atua em parceria com o contador de histórias José Bocca em projetos como o “Viola, causos e crendices”, da Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de Votorantim.<br /><br /><br /><a href="http://www.cruzeirofm.com.br/" target="_blank" rel="nofollow"><strong>http://www.cruzeirofm.com.br/</strong></a><strong>.</strong><br /><br />O programa é apresentado por Míriam Cris Carlos, tem a direção de Werinton Kermes, trabalhos técnicos de Fábio Costa, produção de Luciana Lopez e assistência de produção de Samira Galli.<br /><br /><strong><span style="font-size:85%;">PROVOCARE FM – porque ouvir é diferente de escutar</span></strong><br /><br /><br /><strong><span style="font-size:85%;">(Samira Galli </span></strong><a href="mailto:provocarefm@yahoo.com..br" target="_blank" rel="nofollow" ymailto="mailto:provocarefm@yahoo.com..br"><strong><span style="font-size:85%;">provocarefm@yahoo.com..br</span></strong></a><strong><span style="font-size:85%;">)</span></strong>Carmen La Viehttp://www.blogger.com/profile/04122924738593432395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8659918093041338087.post-26892118777505969872009-08-22T13:53:00.000-07:002009-08-24T17:16:00.214-07:00Boca cheia de Histórias ...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgA97ycsDqTuDYx4QU3LXmfOFSa-tGzndMZ6jU3iCMRgE-gxgeRCdMm-lwIeJ8e-_Jw3hjbvGREYTrm-EiZ-onTdVNiRori3M8fl1aNxe5qJFXRzSS2AzPxObSYt0JrWcO_MkOV1-P_zzc/s1600-h/index.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5372907585702156450" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 241px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgA97ycsDqTuDYx4QU3LXmfOFSa-tGzndMZ6jU3iCMRgE-gxgeRCdMm-lwIeJ8e-_Jw3hjbvGREYTrm-EiZ-onTdVNiRori3M8fl1aNxe5qJFXRzSS2AzPxObSYt0JrWcO_MkOV1-P_zzc/s320/index.jpg" border="0" /></a><br /><div><br /><br /><span style="font-size:85%;">Apresentando histórias para crianças de 0 a 100 anos, José Bocca (Ator e Contador de Histórias) conduz o público a uma viagem lúdica, despertando no espectador parte de sua infância. </span></div><div><span style="font-size:85%;">Quase todos já tivemos nossos sonos embalados por fadas, bruxas, sapos, princesas e outros seres. </span></div><div><span style="font-size:85%;">Em um tempo de comunicação instantânea, informatizada, a figura do "Contador" nos convida a visitar nosso passado, quando este era a memória de uma determinada comunidade (Os bardos na Europa/Ásia, Griot, África, etc...). </span></div><div><span style="font-size:85%;">As histórias apresentadas são dos mais distintos universos, há desde nomes consagrados da literatura (Marina Colasanti, Moacyr Scliar, Regina Machado, Ricardo Azevedo...), como também contos, causos e lendas, que o contador colhe nas suas andanças...</span></div><div><br /><span style="font-size:85%;">Desde pequeno, a língua dele parecia estar solta do tanto que carecia falar. Era o centro de todas as rodas, das de amigos e da família: alguém dava uma pausa, já vinha o garoto tomando a palavra. Tanto que a mãe dizia que os pecados dele seriam cometidos pela boca. E assim a profecia materna se cumpriu, transformando José Antonio Carlos em Zé Bocca, um contador profissional de causos. 'Sempre falei demais, contava coisa que não devia, soltava comentários fora de hora. Mas é melhor pecar por palavras que por omissão', justifica.</span></div><span style="font-size:85%;"><div><br />Ao contrário dos famosos contadores de causos do interior brasileiro - figuras que perambulavam entre caboclos, sertanejos e tropeiros, tão presentes nas obras de escritores como Guimarães Rosa e Mário de Andrade , o paulista é cria urbana. Nasceu em Votorantim, a 100 quilômetros da capital, cercado por indústrias de tecidos, papel e cimento. A cidade cresceu ao redor do grupo industrial que lhe empresta o nome, e sua população inicial foi formada basicamente por operários. Os pais de Zé, Helena e Toninho, não fugiram à regra. Ele próprio, como bom filho de peixe, já com 14 anos também enveredou pelo trabalho operário. Mas diz que o menino não gostava muito de sujeira nem do serviço braçal. Dois anos depois, foi para a área de segurança do trabalho e aí, sim, podia pelo menos perambular pela empresa ouvindo e falando com os empregados. Na verdade, mais falando do que ouvindo.</div><div><br />Sou daqueles que querem saber de tudo, o que caía na minha mão eu lia, de literatura de cordel a física quântica. Formava um grupo de discussão, fazia minha inscrição, conta o contador. E nessa história de se envolver com o que aparecia na frente, começou a participar do movimento sindical da fábrica. Foi despedido logo em seguida. Segundo Bocca, os dois anos de desemprego foram duros, mas proveitosos, pois fez bicos em diversos lugares - vendedor de carnê, depois de chocolate, carne.. e assim foi acumulando um bocado de causos por aí, contados principalmente pelas pessoas que vinham da zona rural de Votorantim.</div><div><br />Até então, o dom de artista ainda não havia sido descoberto. Contar causos era só um passatempo entre amigos. O acontecido mesmo deu-se, como Bocca começa muitas de suas prosas, nos idos de 1987 numa praça da cidade vizinha, Sorocaba. Um grupo de teatro, chamado "A Engrenage", estava declamando versos e me perguntou se eu tinha decorado algum poema. Na hora, lembrei da música "Língua" do Caetano Veloso, e comecei a disparar o texto: Gosto de ser e de estar/ E quero me dedicar a criar confusões de prosódias e uma profusão de paródias/ que encurtem dores e furtem cores como camaleões. Depois disso, Zé percebeu que o teatro, as poesias, as histórias iam ao encontro de seu desejo de falar coisas bonitas e ainda divertir as pessoas.<br />Decidiu então que ganharia a vida como artista-contador, e o apelido de infância virou nome artístico. </div><div>Os trabalhos foram aparecendo: de festas infantis, encontros em bares e fábricas às praças de Votorantim e arredores. Desde 2000, a secretaria de cultura da cidade também organiza diversas apresentações de 'contação de história' com ele e outros artistas. Há o projeto Histórias na Calçada, que acontece uma vez por semana em diferentes bairros da cidade, principalmente os rurais, e todo mês há o Viola Causos e Crendices na praça de eventos, em que os moradores são incentivados a contar seus causos. Não sem ganhar antes uma dose da 'marvada' para descontrair.</div><div><br />Assim, desde que assumiu essa profissão, Bocca carrega consigo um gravador para não esquecer nenhuma das pérolas dos moradores da região. Também costuma fazer exercícios de memória para lembrar dos episódios contados pela mãe e pela tia Alice, que sempre encantou a família inteira com as peripécias de Pedro Malasartes, jovem aventureiro do folclore espanhol, português e brasileiro. O tio João Krigher e o primo José Maria da Silva, o Zé do Ponto, escritores e conhecedores de muitas histórias, também são referências importantes no repertório do contador.<br /></div><div>Nos episódios caipiras tem sempre o cabra-macho, o caboclo matuto, uma conversa na vendinha, uma história de amor singela, a cura do doente pela bondade das ervas... No causo pode tudo e eu juro que tudo que conto é verdade, afirma Bocca, usando um sotaque do interior, com "r" acentuado, que só aparece, a bem da verdade, na hora de contar. Timidez jura que não sente. Muito pelo contrário, fico à vontade com gente em volta. No bar do Zé das Cabras, no bairro rural do Carafá, por exemplo, nos dias em que o artista aparece, os agricultores e operários da região se juntam numa mesa e começam o ritual. Alguns acendem um cigarrinho de palha e todo mundo desanda a comer mortadela no palito. Mas mantendo-se atentos às histórias que parecem ter ocorrido nas vizinhanças. Como escreve o mineiro Guimarães Rosa na novela Campo Geral, do livro Manuelzão e Miguilim: 'Conta mais, conta mais... E Miguilim, sem carecer esforço, contava estórias compridas, que ninguém nunca tinha sa-bido, não esbarrava de contar, estava tão alegre, nervoso, aquilo para ele era o entendimento maior...</div><br /><div>Zé Bocca faz suas apresentações com o músico Marcos Boi .</span></div><div><strong><span style="font-size:78%;color:#333399;">Fonte: </span></strong><a href="http://www.bocadehistorias.art/"><strong><span style="font-size:78%;color:#333399;">www.bocadehistorias.art</span></strong></a><br /><br /><a href="http://www.bocadehistorias.art.br/index2.html" target="_parent"></a></div>Carmen La Viehttp://www.blogger.com/profile/04122924738593432395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8659918093041338087.post-83616400540554879332009-08-22T13:43:00.000-07:002009-08-22T13:50:51.253-07:00A Seresteira Maria Germani<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaIFalD1pavQWHFxDvhXwuou0YpepQelbYsUO1xeBeq5iH6gwFwneQO35gCSAhPwjVUvO_HHmPhmSIQa-Rm-5Yv9G2jcWjjjWaOcyVhC4Cmt5YCYQwevZZ4lcLgVeXf8pE-lVo3QjZzJc/s1600-h/germany.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5372893115800234274" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 214px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaIFalD1pavQWHFxDvhXwuou0YpepQelbYsUO1xeBeq5iH6gwFwneQO35gCSAhPwjVUvO_HHmPhmSIQa-Rm-5Yv9G2jcWjjjWaOcyVhC4Cmt5YCYQwevZZ4lcLgVeXf8pE-lVo3QjZzJc/s320/germany.jpg" border="0" /></a><br /><div><span style="font-size:85%;">Figura emblemática da boêmia em Sorocaba, a cantora Maria Germani era dona de uma voz de veludo e de um talento singular. Pioneira, ela foi uma das primeiras cantoras a introduzir a música ao vivo nas noites sorocabanas, na década de 70. </span></div><br /><div><span style="font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-size:85%;">Em seus 35 anos de carreira, tornou-se conhecida nacionalmente e admirada por inúmeros fãs. </span></div><br /><div><span style="font-size:85%;">O talento de Maria começou a despontar cedo, aos 5 anos de idade. Em Angatuba, sua terra natal, ela ganhou seu primeiro concurso interpretando um jingle para um produto farmacêutico. Desde então, Maria não parou mais de cantar e fez da arte o seu projeto de vida. </span></div><br /><div><span style="font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-size:85%;">Em Sorocaba, conheceu o maestro e pianista Luiz Candotto Neto, o Luizito, com quem se casou 12 anos depois e teve duas filhas. Juntos formaram o conjunto Os Cafonas e, mais tarde, o Trio de Ouro. </span></div><br /><div><span style="font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-size:85%;">Apesar de a música ser a sua maior paixão, não era da arte que Maria tirava o seu sustento. Durante o dia, era funcionária pública em uma escola estadual. À noite, trocava as roupas formais de secretária por exuberantes vestidos de gala. Vaidosa, jamais entrava em cena sem estar impecavelmente vestida. “Uma vez ela estava indo fazer um show e, no caminho, percebeu que não havia colocado os brincos. Não pensou duas vezes, voltou para buscá-los”, conta a filha Maria Helena Germani Notari. </span></div><br /><div><span style="font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-size:85%;">Ao longo de sua carreira, Maria recebeu diversos troféus e participou de vários programas de televisão. Gravou um LP compacto pela produtora Novo Tempo Comunicação, intitulado Grandes Interpretes na voz de Maria Germani. </span></div><br /><div><span style="font-size:85%;">Aos 62 anos, no dia 3 de abril de 1995, faleceu, deixando um imenso vazio nas rodas de serestas da cidade. </span></div><br /><div><strong><span style="font-size:78%;color:#330099;">(Fonte: Vanessa Olivier)</span></strong></div>Carmen La Viehttp://www.blogger.com/profile/04122924738593432395noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8659918093041338087.post-48078014945211413232009-07-11T14:32:00.000-07:002009-08-22T13:53:03.790-07:00O Músico ...<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzRJssiuI8wpYZaXvSCTz7rEdCn2DuuSU7DWCrQLO211ts5IzdT8TBUfDnMzCM3Uzp0SBF3I_FTVARXtmJpSMP-obXn724Q7xcYZUIPduZcCBYisHVxy6zF8d5NiIpKEYqiFJF56kmi_8/s1600-h/joão.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5357318736585585906" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 213px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzRJssiuI8wpYZaXvSCTz7rEdCn2DuuSU7DWCrQLO211ts5IzdT8TBUfDnMzCM3Uzp0SBF3I_FTVARXtmJpSMP-obXn724Q7xcYZUIPduZcCBYisHVxy6zF8d5NiIpKEYqiFJF56kmi_8/s320/jo%C3%A3o.jpg" border="0" /></a><strong><span style="font-size:78%;"> João Leopoldo Bueno de Aguiar </span></strong></div><strong><span style="font-size:78%;"><div align="left"><br /></span></strong><span style="font-size:85%;">Paulista, <strong>João Leopoldo Bueno de Aguiar</strong> 30 anos, radicado em Sorocaba, é pai de dois filhos, Clara de 12 anos e João Pedro de 5. Namora a funcionária pública Marina Betti Viana de Carvalho há dois anos. </span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;">Pianista e tecladista, está há 13 anos em atividade. Aos 10 anos começou a estudar música no Conservatório de Tatuí, onde se formou. Atualmente, ao lado do produtor, diretor e videomaker Juca Mencacci, está desenvolvendo um projeto musical que envolve vertentes artísticas como o teatro, a literatura e o vídeo, intitulado Idéia Nova Idéia Velha. Também está envolvido com trilhas para filmes, documentários, teatro e publicidade. </span></div><div align="left"><br /><span style="color:#993399;"><span style="font-size:85%;"><strong>BIANCHINI :</strong>Uma frase que resuma sua filosofia de vida.</span></span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;"><strong>João Leopoldo</strong> Ser fiel à minha música e a mim mesmo. </span></div><div align="left"><br /><span style="font-size:85%;color:#993399;">B: Uma pessoa que gostaria de ter sido em outra vida.</span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;">JL: Já pensei em algumas personalidades, grandes músicos, poetas e escritores. Gostaria somente de ter sido uma pessoa tranqüila e feliz. Alguém que tivesse feito o seu melhor aos seus semelhantes. Uma pessoa humana e generosa.</span></div><div align="left"><br /><span style="font-size:85%;color:#993399;">B: Se não fosse músico, o que você seria?</span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;">JL: Um instrumento musical. De preferência um piano (risos). Mas, falando sério, quando era mais novo até pensei em ser arqueólogo.</span></div><div align="left"><br /><span style="font-size:85%;"><span style="color:#993399;">B: Relaxar é...</span> </span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;">JL: O prazer de fazer o que se gosta.</span></div><div align="left"><br /><span style="font-size:85%;color:#993399;">B: Qual atitude não tolera nas pessoas?</span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;">JL: Ignorância.</span></div><div align="left"><br /><span style="font-size:85%;color:#993399;">B: O que não pode faltar numa viagem à Lua?</span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;">JL: O manual de como se vive lá.</span></div><div align="left"><br /><span style="font-size:85%;color:#993399;">B: Um arrependimento.</span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;">JL: Não ter dito o que era pra dizer na hora certa. E dizer o que não era pra ser dito na hora errada.</span></div><div align="left"><br /><span style="font-size:85%;color:#993399;">B: Qual foi a situação mais constrangedora que já viveu?</span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;">JL: Ter falado de forma pejorativa sobre alguém, sem saber que esse alguém estava ao meu lado.</span></div><div align="left"><br /><span style="font-size:85%;"><span style="color:#993399;">B: Uma música...</span> </span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;">JL: “Água & Vinho”, de Egberto Gismonti. Disco “Alma ao vivo”. </span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;"></span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;"></span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;color:#993399;">B ...: o que combina com essas músicas?</span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;">JL: Uma alma em paz.</span></div><div align="left"><br /><span style="font-size:85%;color:#993399;">B: O que você faz para melhorar o mundo?</span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;">JL: Tento educar meus filhos da melhor maneira possível para que eles possam ter uma consciência maior sobre o mundo em que vivemos, e fazer o seu melhor tanto para o mundo, quanto para os que vivem nele. </span></div><div align="left"><br /><span style="font-size:85%;color:#993399;">B: O que não tem preço?</span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;">JL: Família.</span></div><div align="left"><br /><span style="font-size:85%;color:#993399;">B: Um absurdo...</span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;">JL: Violência física, moral ou psicológica.</span></div><div align="left"><br /><span style="font-size:85%;color:#993399;">B: O que as pessoas dizem sobre você?</span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;">JL: Acho que é melhor você me responder isso. Tento ser sociável e, na minha vida particular, uma pessoa agradável.</span></div><div align="left"><br /><span style="font-size:85%;color:#993399;">B: Uma cor, um sabor e um cheiro de infância.</span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;">JL: Cor, azul. Sabor, arroz com galinha caipira. Cheiro, de grama úmida da manhã quando morava no sítio.</span></div><div align="left"><br /><span style="font-size:85%;color:#993399;">B: Quais seriam seus três desejos se encontrasse a lâmpada do gênio agora?</span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;">JL: Saúde, dinheiro e tranqüilidade. O que sempre desejamos nas passagens de ano.</span></div><div align="left"><br /><span style="font-size:85%;color:#993399;">B: Seu maior orgulho:</span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;">JL: Meus filhos. </span></div><div align="left"><br /><span style="font-size:85%;color:#993399;">B: O que mudaria em você?</span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;">JL: Já mudei o hábito de fumar.</span></div><div align="left"><br /><span style="font-size:85%;color:#993399;">B: Que tipo de trabalho musical gostaria de realizar que ainda não realizou?</span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;">JL: Um projeto musical social que resgate a cultura da periferia e dê oportunidade a novos talentos. Reconhecer socialmente essa cultura desfavorecida politicamente é uma forma de dar estima e diminuir, através da música, a violência e as frustrações</span>. </div><div align="left"><br /><strong><span style="font-size:78%;color:#000066;">Por: Vanessa Olivier </span></strong><a href="mailto:vanessa@editoraa2.com.br"><strong><span style="font-size:78%;color:#000066;">vanessa@editoraa2.com.br</span></strong></a><strong><span style="font-size:78%;"><span style="color:#000066;"><br />Foto: Matheus Mazini</span><br /></span></strong><br /></div><div align="left"></div>Carmen La Viehttp://www.blogger.com/profile/04122924738593432395noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8659918093041338087.post-87449049145437283602009-04-20T13:43:00.000-07:002009-07-18T16:56:13.069-07:00Pierre Verger "Fatumbi"<div align="justify"><span style="font-size:85%;">Faz uns 15 anos encontrei uma matéria sobre o "Candomblé" escrita por Pierre Verger. Adoro sincretismo, achei no mínimo fascinante !<br />A vida de Pierre Verger é uma bela viagem com pesquisas e fotos em preto e branco.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:85%;">Visitei o site da Fundação Pierre Verger encontrei coisas maravilhosas (pesquisas, fotos, a vida e produtos com fotos) </span><a href="http://www.pierreverger.org/"><span style="COLOR: rgb(51,0,153);font-size:85%;" ><strong>http://www.pierreverger.org/</strong></span></a><span style="COLOR: rgb(51,0,153);font-size:85%;" > </span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;">Essa é a grande oportunidade de dividir com os amigos...</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:85%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:85%;"><strong>Pierre Edouard Leopold Verger</strong> (Paris, 4 de novembro de 1902 — Salvador, 11 de fevereiro de 1996) foi um fotógrafo e etnólogo autodidata franco-brasileiro. Assumiu o nome religioso Fatumbi.<br />Era também babalawo (sacerdote Yoruba) que dedicou a maior parte de sua vida ao estudo da diáspora africana - o comércio de escravo, as religiões afro-derivadas do novo mundo.</span></div><div align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">Até a idade de 30 anos, depois de perder a família, Pierre Verger levou a carreira de fotógrafo jornalístico. Começa uma andança pelo mundo. As fotografias de Pierre Verger retratam a riqueza cultural dos lugares por onde ele passou.<br /></span></div><br /><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJ0dRiQL8EDnThmnj_QP45DmeFTgS_dtKdDGTtfCCaMVnqnFpDffnrPMAMjrF-gbmoS6kbmGIJejhFteu6yBP0Y8W80JtraiYPp20a_HZsz7OWBjVeZ69KD1dFleiPlRFjWzh_hY90XNM/s1600-h/verger-pierre-verger-com-sua-inseparavel-camera.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5326878275980725618" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 240px; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJ0dRiQL8EDnThmnj_QP45DmeFTgS_dtKdDGTtfCCaMVnqnFpDffnrPMAMjrF-gbmoS6kbmGIJejhFteu6yBP0Y8W80JtraiYPp20a_HZsz7OWBjVeZ69KD1dFleiPlRFjWzh_hY90XNM/s320/verger-pierre-verger-com-sua-inseparavel-camera.jpg" border="0" /></a><br /></div><div align="center"><strong><span style="font-size:78%;">A fotografia em preto e branco era a especialidade de Verger</span></strong></div><div align="center"><strong><span style="font-size:78%;">usava uma máquina Rolleiflex que hoje se encontra na Fundação Pierre Verger</span></strong></div><br /><br /><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGrETmVvUpnz0GVKvn8o3iRy2MAnk8y00iPSglK4hex5TUp0pmbjm5g9_iI1EE-7II1mhDlDoNUy9_6fpH4oT764c4E0bbqZTYoVU8YXrmvqDlo-Rv635F-aq0WQZL68HpBG4zm2aatJA/s1600-h/verger8.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5326878193727418194" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 241px; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGrETmVvUpnz0GVKvn8o3iRy2MAnk8y00iPSglK4hex5TUp0pmbjm5g9_iI1EE-7II1mhDlDoNUy9_6fpH4oT764c4E0bbqZTYoVU8YXrmvqDlo-Rv635F-aq0WQZL68HpBG4zm2aatJA/s320/verger8.jpg" border="0" /></a><strong><span style="font-size:78%;"> Xangô na Bahia</span></strong><br /></div><p align="justify"><span style="font-size:85%;">Durante os quinze anos seguintes, ele viajou os quatro continentes e documentou muitas civilizações que seriam apagadas logo através do progresso. Seus destinos incluíram:<br /><br />Taiti (1933);<br />Estados Unidos, Japão e China (1934 e 1937);<br />Itália, Espanha, Sudão, Mali, Níger, Alto Volta, (atual Burkina Faso), Togo e Daomé (atual Benim) 1935;<br />Índia (1936);<br />México (1937, 1939, e 1957);<br />Filipinas e Indochina (atuais Tailândia, Laos, Camboja e Vietnã, 1938);<br />Guatemala e Equador (1939);<br />Senegal (como correspondente, 1940);<br />Argentina (1941);<br />Peru e Bolívia (1942 e 1946);<br />Brasil (1946)<br /><strong>Suas fotografias foram publicadas em revistas como Paris-Soir, Daily Mirror (com o pseudônimo de Mr. Lensman), Life, e Match.</strong> </span></p><br /><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeeqB13I3xUP7Bb_rXmB2esCJFVCJWASsk0NGEy8dk5pNxM0QJ9eRJ8V8Ph14e9d-P_t1NdP-LwfHKdOJgloo0bqNB332f8YCg1vluQYTroNViM8UuLVd9Wkr8vxdZHdkgFxPNR7HBLTA/s1600-h/verger6.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5326878097327572130" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 242px; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeeqB13I3xUP7Bb_rXmB2esCJFVCJWASsk0NGEy8dk5pNxM0QJ9eRJ8V8Ph14e9d-P_t1NdP-LwfHKdOJgloo0bqNB332f8YCg1vluQYTroNViM8UuLVd9Wkr8vxdZHdkgFxPNR7HBLTA/s320/verger6.jpg" border="0" /></a><span style="font-size:78%;"><strong>Três tambores na Bahia</strong><br /></span><br /><br /><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC_sylyANHtz4XS1zmvOMKZ-EXBwNELITAlP7b5hGCIVBUGOXYnPaRcdDFcjEYGDwO6g8xvc_NlreBPyPw7_1O2eGI9UL2vYZ5GICWy3uawxzUliUdDZdmK9f2jilC8xVWJjdJ4H5tUAY/s1600-h/Caryb%C3%A9+1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5326877995434838242" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 230px; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC_sylyANHtz4XS1zmvOMKZ-EXBwNELITAlP7b5hGCIVBUGOXYnPaRcdDFcjEYGDwO6g8xvc_NlreBPyPw7_1O2eGI9UL2vYZ5GICWy3uawxzUliUdDZdmK9f2jilC8xVWJjdJ4H5tUAY/s320/Caryb%C3%A9+1.jpg" border="0" /></a><strong><span style="font-size:78%;"> Hector Carybé</span></strong></div><strong><span style="font-size:78%;"><div align="justify"><br /><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style="font-size:85%;"><span style="FONT-WEIGHT: normal">As coisas começaram a mudar no dia em que Pierre Verger desembarcou na Bahia. Em 1946, enquanto a Europa vivia o pós-guerra, em Salvador, tudo era tranqüilidade. Foi logo seduzido pela hospitalidade e riqueza cultural que encontrou na cidade e acabou ficando. Como fazia em todos os lugares onde esteve, preferia a companhia do povo, os lugares mais simples. Os negros monopolizavam a cidade e também a sua atenção. Além de personagens das suas fotos, tornaram-se seus amigos, cujas vidas Verger foi buscando conhecer com detalhe. Quando descobriu o candomblé, acreditou ter encontrado a fonte da vitalidade do povo baiano e se tornou um estudioso do culto aos orixás. Esse interesse pela religiosidade de origem africana lhe rendeu uma bolsa para estudar rituais na África, para onde partiu em 1948.</span><br /><br /><span style="FONT-WEIGHT: normal">Na cidade de Salvador, apaixonou-se pelo lugar e pelas pessoas, e decidiu por bem ficar. Tendo se interessado pela história e cultura local, ele virou de fotógrafo errante a investigador da diáspora africana nas Américas. Em 1949, em Ouidah, teve acesso a um importante testemunho sobre o tráfico clandestino de escravos para a Bahia: as cartas comerciais de José Francisco do Santos, escritas no século XIX.</span></span></div><div align="left"><br /></div><br /><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia6Rij6iiYtLLdu9D3HVIIX7-ugXj6H_wqBHEQFrK2_hLkz2igZVv2LDn2-uahKFPdwjVZC7_jxvptSo2POq52wTAtcy55nj2YeArquL_HpXiTttID3FInGYIIakOSO3zchITlt5CVchM/s1600-h/verger5.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5326877784238277906" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 319px; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia6Rij6iiYtLLdu9D3HVIIX7-ugXj6H_wqBHEQFrK2_hLkz2igZVv2LDn2-uahKFPdwjVZC7_jxvptSo2POq52wTAtcy55nj2YeArquL_HpXiTttID3FInGYIIakOSO3zchITlt5CVchM/s320/verger5.jpg" border="0" /></a> <strong><span style="font-size:78%;">Dona Maria Bibiana do Espírito Santo</span></strong></div><div align="center"><strong><span style="font-size:78%;">Mãe Senhora do Axé Opô Afonjá<br /></span></strong></div><br /><div align="center"></div><br /><div style="FONT-WEIGHT: normal" align="justify"><span style="font-size:85%;">As viagens subseqüentes dele são enfocadas nessa meta: a costa ocidental da África e Paramaribo (1948), Haiti (1949), e Cuba (1957). Depois de estudar a cultura Yoruba e suas influências no Brasil, Verger se tornou um iniciado da religião Candomblé, e exerceu seus rituais.</span></div><div align="justify"><br /><span style="font-size:85%;"><strong style="FONT-WEIGHT: bold">Definição de Verger sobre o Candomblé:</strong><span style="FONT-WEIGHT: normal"> "O Candomblé é para mim muito interessante por ser uma religião de exaltação à personalidade das pessoas. Onde se pode ser verdadeiramente como se é, e não o que a sociedade pretende que o cidadão seja. Para pessoas que têm algo a expressar através do inconsciente, o transe é a possibilidade do inconsciente se mostrar".</span><br /></span></div><br /><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgouLwdIkUQnugIdZEYRil1WkNyq3b4_KbFHONGp7JJhZmQcRqhIzs6AqJWzkE-LbzGHJu0UpBAhZAi7-bVCpWw91qWocwztR-sjBPC83f0tCtDq9ugw6amWJIS7SYQn2XlGoj99U3KSsg/s1600-h/cultura_afro-brasileira.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5326877690684429170" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgouLwdIkUQnugIdZEYRil1WkNyq3b4_KbFHONGp7JJhZmQcRqhIzs6AqJWzkE-LbzGHJu0UpBAhZAi7-bVCpWw91qWocwztR-sjBPC83f0tCtDq9ugw6amWJIS7SYQn2XlGoj99U3KSsg/s320/cultura_afro-brasileira.jpg" border="0" /></a><br /><strong><span style="font-size:78%;">Durante uma visita ao Benin, ele estudou Ifá (búzios - concha adivinhação)</span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:78%;">foi admitido ao grau sacerdotal de babalawo, e foi renomeado Fátúmbí ("ele que é renascido pelo Ifá")</span></strong><br /><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="FONT-WEIGHT: normal">As contribuições de Verger para etnologia constituem em dúzias de documentos de conferências, artigos de diário e livros, e foi reconhecido pela Universidade de Sorbonne que conferiu a ele um grau doutoral (Docteur 3eme Cycle) em 1966 — um real feito para alguém que saiu da escola secundária aos 17.</span><br /><span style="FONT-WEIGHT: normal">Verger continuou estudando e documentando sobre o assunto escolhido até a sua morte em Salvador, com a idade de 94 anos. Durante aquele tempo ele se tornou professor na Universidade Federal da Bahia em 1973, onde ele era responsável pelo estabelecimento do Museu Afro-brasileiro em Salvador; e serviu como professor visitante na Universidade de Ifé na Nigéria.</span><br /></span><br /></div><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwId56u-TDyNjQrDq5y-GlctCe6A1WVd_Qznm6fe6f9D44w8FuQqmyBUQlbqMOLT7wc-WVCyU_mra8Un8QE9MbdLXipHkiSYn-gJiNIvJKPSMS9KJfUJd2s60qBBjz1R-Qbm4eSku73bU/s1600-h/caryb%C3%A9.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5326877598975854850" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; HEIGHT: 233px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwId56u-TDyNjQrDq5y-GlctCe6A1WVd_Qznm6fe6f9D44w8FuQqmyBUQlbqMOLT7wc-WVCyU_mra8Un8QE9MbdLXipHkiSYn-gJiNIvJKPSMS9KJfUJd2s60qBBjz1R-Qbm4eSku73bU/s320/caryb%C3%A9.jpg" border="0" /></a><strong><span style="font-size:78%;">Hector Carybé<br /><br /></span></strong></div><div align="justify"></div><div style="FONT-WEIGHT: normal" align="justify"><span style="font-size:85%;">Verger se apaixonou pela Bahia lendo "Jubiabá". Tendo se tornado amigo das maiores personalidades baianas do século XX. Como o próprio Jorge Amado, Mãe Menininha do Gantois, Gilberto Gil, Walter Smetak, Mario Cravo, Cid Teixeira, Josaphat Marinho, Hector Carybé dentre outros notáveis. Seu trabalho como fotográfo influênciou notadamente nomes consagrados da fotografia contemporânea como Mario Cravo Neto, Sebastião Salgado, Vitória Regia Sampaio, Adenor Gondim e Joahbson Borges. Sendo que este foi seu último assistente, tendo sido apontado pelo próprio Verger como sucessor natural.</span></div><div style="FONT-WEIGHT: normal" align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">Na entidade sem fins lucrativos Fundação Pierre Verger em Salvador, que ele estabeleceu e continuou seu trabalho, guarda mais de 63 mil fotografias e negativos tirados até 1973, como também os documentos dele e correspondência.</span></div><div style="FONT-WEIGHT: normal" align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">No Brasil, foi homenageado como tema de Carnaval (Rio de Janeiro, 1998) do GRES União da Ilha do Governador, cuja letra fala da Trajetória de Pierre Verger a Fatumbi.</span></div><div style="FONT-WEIGHT: normal" align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">Jérôme Souty publicou um ensaio muito documentado sobre a obra e a vida de Verger : Pierre Fatumbi Verger. Du regard détaché à la connaissance initiatique, Paris: Maisonneuve & Larose, 2007 (520p. 144 fotos, em francês).</span></div><div style="FONT-WEIGHT: normal" align="justify"><span style="font-size:85%;"></span></div><div style="FONT-WEIGHT: normal" align="justify"><strong><br /><span style="font-size:85%;">Algumas publicações:</span></strong></div><div style="FONT-WEIGHT: normal" align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">Pierre Fatumbi Verger: Dieux D'Afrique. Paul Hartmann, Paris (1st edition, 1954; 2nd edition, 1995). 400pp, 160 fotos em preto e branco, ISBN 2-909571-13-0</span></div><div style="FONT-WEIGHT: normal" align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">Note sur le culte des orisha e vodoun à Bahia de Tous les Saints au Brésil et à l'ancienne Côte des Esclaves. IFAN Memoire n. 51, Dakar, Senegal; Corrupio, Brazil, 1982</span></div><div style="FONT-WEIGHT: normal" align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">Notas Sobre o Culto aos Orixás e Voduns. 624pp, fotos em preto e branco. Tradução: Carlos Eugênio Marcondes de Moura EDUSP 1999 ISBN 85-314-0475-4 </span></div><div style="FONT-WEIGHT: normal" align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">Fluxo e Refluxo do tráfico de escravos entre o golfo de Benin e a Bahia de Todos os Santos Corrupio, 1985 </span></div><div style="FONT-WEIGHT: normal" align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">Ewé, o uso de plantas na sociedade ioruba, Odebrecht and Companhia das Letras, 1995</span></div><div style="FONT-WEIGHT: normal" align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">Retratos da Bahia - Pierre Verger - Editora Corrupio Comércio Ltda., l980</span></div><a name="Algumas_publica.C3.A7.C3.B5es"></a><div align="center"><br /></div><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjba8RCY4MBLT9Gfw5jEOXv2NuBk1Jb3GwHj8OcTDyUtbU4Se181gqUa0pLFPR2QEIhhiB4tzuoJ1WrQ8SDWTGaMzZhbymDTbNPxunHtmPmdQoZk1L44zs7f2y4pU-1hlsAV0m4hjlbThU/s1600-h/verger1s.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5326877440196693090" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; HEIGHT: 301px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjba8RCY4MBLT9Gfw5jEOXv2NuBk1Jb3GwHj8OcTDyUtbU4Se181gqUa0pLFPR2QEIhhiB4tzuoJ1WrQ8SDWTGaMzZhbymDTbNPxunHtmPmdQoZk1L44zs7f2y4pU-1hlsAV0m4hjlbThU/s320/verger1s.gif" border="0" /></a><strong><span style="font-size:78%;"> Filhas de Santo de Obaluayê em Água de Meninos<br /></span></strong></div><div align="justify"><br /><span style="font-size:85%;"><span style="FONT-WEIGHT: normal">Em seus últimos anos de vida, a grande preocupação de Verger passou a ser disponibilizar as suas pesquisas a um número maior de pessoas e garantir a sobrevivência do seu acervo. Na década de 80, a Editora Corrupio cuidou das primeiras publicações no Brasil. Em 1988, Verger criou a Fundação Pierre Verger (FPV), da qual era doador, mantenedor e presidente, assumindo assim a transformação da sua própria casa num centro de pesquisa. Em fevereiro de 1996, Verger faleceu, deixando à FPV a tarefa de prosseguir com o seu trabalho. </span><br /></span></div><div style="FONT-WEIGHT: normal; COLOR: rgb(153,51,153)" align="left"><strong><span style="font-size:85%;">Fontes: site Fundação Pierre Verger/Unicamp</span></strong></div><div align="center"></div></span></strong></div>Carmen La Viehttp://www.blogger.com/profile/04122924738593432395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8659918093041338087.post-75802824482971123992009-03-17T16:54:00.000-07:002009-07-18T16:54:13.650-07:00O poder transformador de Werinton Kermes<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhozPLNjHvvH_Vi9QpqajS1x86BVLGj49VU9PDWXN6owYVJCGS5YK77kwJqf7bLdW6vxRNfViopQ6No4qIhSzv0KfFpzCHNIUs5OcclZdQwfIKahbvh2eX_pPcDWWWQ3FUfRMFHZpRHBsY/s1600-h/DSC_0008.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5314314080553542946" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 213px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhozPLNjHvvH_Vi9QpqajS1x86BVLGj49VU9PDWXN6owYVJCGS5YK77kwJqf7bLdW6vxRNfViopQ6No4qIhSzv0KfFpzCHNIUs5OcclZdQwfIKahbvh2eX_pPcDWWWQ3FUfRMFHZpRHBsY/s320/DSC_0008.jpg" border="0" /></a><br /><span style="font-size:85%;"><span style="color:#000000;"><span style="color:#330099;"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">Werinton</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">Kermes</span></span> é </span><span style="color:#000000;"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">documentarista</span></span><span style="color:#000000;"> brasileiro, nascido em <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">Sorocaba</span>. </span>Começou sua carreira profissional como repórter fotográfico onde trabalhou em diversos jornais brasileiros.<br />Como <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">Stiil</span> de cinema participou dos filmes : "Através da Janela" de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">Tata</span> Amaral e "Castelo <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">Rá-Tim</span>-Bum" de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">Cao</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">Ambúrguer</span> .<br />Como <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">documentarista</span> é vencedor de vários <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">prêmios</span> entre suas realizações esta "João do Vale muita gente desconhece" 2005 , uma <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">Vídeografia</span> do Cantor e Compositor <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">Maranhense</span> , além de "Quem tem medo de Salvadora Lopes " 2000, "Aramar a quem pertence?" 1999, "O Caipira e o rio" 2000, " A Dama da Sétima Arte" 2002 e o mais recente "Povo Marcado" 2007/2008<br /><br /></span><div><span style="font-size:85%;"><span style="color:#330099;">"Para fazer cultura, só dinheiro não resolve: é preciso motivar uma comunidade a valorizar a cultura que produz. Só assim ela vai cobrar dos governantes investimentos em uma área que geralmente não é prioridade dos governos". </span><br /></span></div><div><span style="font-size:85%;"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">Werinton</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15">Kermes</span>, secretário de cultura de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16">Votorantim</span>, conta, nesta entrevista, como essa fórmula ajudou a transformar a capital do cimento em capital cultural. </span></div><div><span style="font-size:85%;">Foi por intermédio de um jornalista ligado ao teatro, Celso <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_17">Curi</span>, que <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_18">Werinton</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_19">Kermes</span> aproximou-se da gestão pública da cultura: foi ele quem o indicou para dirigir a Oficina Grande Otelo em <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_20">Sorocaba</span> quando de sua implantação, em 1993. <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_21">Werinton</span> trocou a carreira de repórter fotográfico e quase uma década de idas e vindas diárias a São Paulo - onde chegou a trabalhar nos jornais Estado e Folha e na revista <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_22">Isto É</span> - para aceitar o novo desafio. Permaneceu no cargo até 2001, quando foi convidado para ser o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_23">diretor</span> cultural da Secretaria de Cultura de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_24">Votorantim</span>. Dois anos depois, assumia como secretário, cargo no qual permanece mesmo após a troca de prefeitos no inicio do ano. A cidade hoje é apontada como exemplo de prática de política publica na área da cultura e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_25">Werinton</span> transformou sua experiência em livro, Política e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_26">Ação</span> Cultural, por uma Gestão de Culturas, tal seu entusiasmo pelo assunto. Ele acredita que até houve uma evolução na forma como os governantes lidam com a cultura no País, mas entende que há ainda um longo caminho a ser percorrido. “Cultura e educação têm que caminhar juntas, até mesmo nas decisões <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_27">orçamentárias</span>”. Mas cultura, assegura, não é só promoção de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_28">shows</span> e eventos. E também não adianta apenas investir dinheiro nisso: “É preciso fazer com que as pessoas entendam que nesse universo do individualismo, do consumo, da vantagem, tem espaço para outras coisas. E o caminho da sensibilidade, da cultura, é que vai fazer diferença na vida delas”. Quando se consegue isso, garante, se ganha um importante aliado na cobrança aos governantes por políticas públicas nesse campo. Para falar sobre seu trabalho como gestor cultural, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_29">Werinton</span> recebeu a reportagem da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_30">Bianchini</span>.<br /><span style="color:#330099;">Tem uma passagem em sua vida que eu queria relembrar: a história de que você chegou a escrever uma carta para o “Porta da Esperança”, do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_31">Sílvio</span> Santos, para ganhar uma máquina fotográfica. Quer dizer que seu negócio era fotografia?</span> </span></div><div><span style="font-size:85%;">Sim, desde criança. Na verdade, eu comecei a perceber que a fotografia podia ser uma forma de expressão logo cedo. Hoje, a tecnologia facilita muito a vida das pessoas, você tem fotografia no celular, é tudo muito fácil. Há mais ou menos uns 35 anos era muito complicado. Meu pai operário, minha mãe dona-de-casa, eles nunca tiveram condições de dar aos filhos essas tecnologias, essas coisas modernas e tal. Uma vez ganhei uma <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_32">câmera</span> muito simples, pequena e com essa <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_33">câmera</span> eu comecei a fazer algumas intervenções, algumas fotografias. Eu estudava no <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_34">Padilha</span>, e nós fomos pra uma excursão no <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_35">Playcenter</span>. E eu na ingenuidade, caipira aqui de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_36">Sorocaba</span>, fui brincar num daqueles brinquedos mais radicais e com medo da máquina cair lá de cima dei ela para um grupo de jovens, que estavam na fila, segurar. Ai que <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_37">bobinho</span>, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_38">né</span>? Brinquei e tal e quando voltei, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_39">cadê</span> eles, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_40">cadê</span> máquina? Fiquei frustrado, acabado, arrasado. Daí minha mãe teve a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_41">idéia</span>: mandou uma carta pro Sílvio Santos. Foi um marco da minha vida! Não podia andar na rua. Eu fui quatro vezes lá pra abrir aquela maldita Porta da Esperança e como eu levava muita foto pra mostrar que era fotógrafo, aquilo chamava a atenção, ilustrava bastante o programa. Cada vez que eu ia, levava uma <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_42">seção</span> nova de fotos e o Sílvio Santos ia conversando comigo, mostrando as fotos. Numa das vezes em que fui, levei um ensaio fotográfico sobre o antigo Humberto de Campos, quando ali ainda tinha o sistema de internato, e essa exposição possibilitou o reencontro de crianças, que estavam aqui, com a família que não viam há muito tempo. Então, o programa fez muito sucesso e acabei indo quatro vezes até ganhar e nessas idas e vindas foram quase 10 meses. <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_43">Bacana</span> nessa história também é que os funcionários da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_44">Yashica</span> de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_45">Sorocaba</span> fizeram uma comissão, sentaram com a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_46">diretoria</span> da empresa, sugeriram e foi a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_47">Yashica</span> quem me deu um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_48">kit</span> profissionalismo, importado da matriz no Japão com máquina fotográfica com motor, o que poucos tinham na época, cinco lentes, uma coisa maravilhosa.<br /><span style="color:#330099;">E essa migração da fotografia pra arte?</span> </span></div><div><span style="font-size:85%;">O que você diz disso? Na verdade, eu não vejo muita diferença. A fotografia pra mim sempre foi arte, a forma que eu a usava é que era diferente. Eu a usava, a princípio, como um instrumento de informação, depois é que eu fui usar ela como um instrumento de expressão artística e cultural. A partir do momento em que eu entendi que a fotografia era mais do que informação e ela poderia ser um elemento de arte, comecei a pesquisar, a estudar e a ver outros fotógrafos, como <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_49">Carlson</span> - uma referência - e que na verdade é um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_50">fotojornalista</span> que faz do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_51">fotojornalismo</span> uma arte. Mas, a grande passagem pra mim foi deixar o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_52">fotojornalismo</span> diário pra ser um produtor cultural num espaço cultural aqui em <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_53">Sorocaba</span>.<br /><span style="color:#330099;">Lidar com cultura é muito mais gratificante, mas jornalismo também é cultura, é bom deixar bem claro isso...</span> </span></div><div><span style="font-size:85%;">Sem dúvida! Eu tenho que tomar cuidado porque o jornalismo também é uma outra paixão minha. Acho que a comunicação é uma forma de transformação, da mesma forma que a cultura. A única coisa é que tem que saber dividir, porque tem cultura, tem comunicação e tem jornalismo. A cultura a que eu me refiro é a cultura da transformação.<br /><span style="color:#330099;">Mas o que <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_54">exatamente</span> é cultura pra você?</span> </span></div><div><span style="font-size:85%;">Cultura pra mim é tudo aquilo que faz parte da formação do ser humano, tudo! É a forma de falar, é a forma de vestir, de comer. Eu tenho comigo que essa concepção de cultura começa a partir do momento em que a gente aprende a respeitar as diferenças, porque tudo é cultural. Então, cultura pra mim é uma coisa muito, muito ampla. Mas isso a gente só aprende no dia-a-dia, no convívio.<br /><span style="color:#000066;">E como é essa relação do Estado com a cultura?</span> </span></div><div><span style="font-size:85%;">O Estado não entende ainda a cultura como um dos elementos principais dentro de uma sociedade. A cultura é a última da lista <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_55">orçamentária</span>. Parte da culpa disso não está só no poder público. Está também na <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_56">coletividade</span>, na comunidade. Porque quem faz o poder público são agentes políticos e esses agentes políticos agem da forma com que a comunidade cobra e pressiona, concorda? Vamos falar do poder público municipal. Quando um candidato vai para um bairro, a dona-de-casa vai pedir o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_57">ônibus</span> que não corre direito no bairro dela, o posto de saúde que não tem, enfim, é uma lista de reivindicações. E muito raramente você vai ouvir a comunidade cobrando dessas autoridades alguma coisa na área de cultura. Não só um teatro pro bairro, mas questões mais concretas de formação cultural, como um curso de teatro para as crianças. Quando a comunidade não cobra, as pessoas que ocupam cargo público também não têm esse compromisso com a sociedade. Quando a gente faz qualquer crítica neste sentido, não é querer aliviar a questão dos políticos, mas eles são pautados por nós.<br /><span style="color:#330099;">Então caberia a sociedade passar a reivindicar mais?</span> </span></div><div><span style="font-size:85%;">Reivindicar mais, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_58">exatamente</span>. Eu vou dar um exemplo pra você no que diz respeito a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_59">Sorocaba</span>: a cidade hoje conquistou um espaço para a cultura muito maior porque houve uma reivindicação.<br /><span style="color:#330099;">Já que você entrou em <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_60">Sorocaba</span>, o que explica <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_61">Votorantim</span> ter dado certo muito antes que <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_62">Sorocaba</span>? Porque <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_63">Votorantim</span>, uma cidade essencialmente industrial, de repente explode para o Brasil pela questão cultural. Qual é o segredo?</span> </span></div><div><span style="font-size:85%;">O segredo foi <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_64">exatamente</span> isso: querer fazer cultura na cidade. Foi feito um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_65">planejamento</span> e a partir daí começamos a criar <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_66">ações</span> em que as pessoas passaram a ter orgulho da sua própria <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_67">caipirice</span>. E a gente começou a exportar isso. E a partir do momento em que você exporta uma orquestra de viola da cidade, você está tirando aquilo que no passado era vergonha, como elemento principal, o que era feio lá atrás, hoje é bonito. A nossa orquestra de viola de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_68">Votorantim</span> é conhecida no Brasil inteiro. Então foi <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_69">planejamento</span>, foi querer.<br /><span style="color:#330099;">É mais do que dinheiro, então? Você disse que no orçamento não tinha muito pra cultura.</span></span></div><div><span style="font-size:85%;">Não, não tinha nada. O orçamento da cultura em <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_70">Votorantim</span> era a Festa <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_71">Junina</span>. O dinheiro é importante, mas ele não é tudo. A cultura se faz com pessoas, com gente, com a comunidade. Então, é essa relação que você precisa. Você precisa saber, antes de qualquer coisa, o que a sua comunidade tem de expressão artística e cultural. Outra coisa que é bom a gente deixar claro, é que evento é uma coisa dentro da concepção pública de cultura, e formação cultural, outra. As duas têm a sua importância, o seu valor, o entretenimento é importante, a gente não fica sem ele. Mas acima dele está a formação cultural, a identidade que as pessoas tem com a sua própria cultura. Isso é fundamental. Quando você começa a resgatar isso, a conversar com as pessoas e elas têm história pra contar, isso é cultural também.<br /><span style="color:#330099;">Você acha que o que foi feito em <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_72">Votorantim</span> pode ser um exemplo de política pública para a cultura?</span></span></div><div><span style="font-size:85%;">Eu sou até suspeito pra falar, porque a gente está ali e tal. E a gente venceu a luta, uma guerra difícil. Não foi fácil transformar a capital do cimento na capital da cultura. É muito difícil isso. Primeiro foi preciso convencer a comunidade. Porque antes de convencer o próprio governo do qual faço parte - eu sou secretário, mas acima de mim tem um prefeito, o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_73">vice</span>-prefeito, o presidente da Câmara - fiz o caminho inverso: fui tentar ter a comunidade como aliada e a estratégia deu certo. Porque não sou eu que cobro mais. Não adianta eu chegar pro prefeito e falar o que é importante e o que não é. É a própria comunidade que vai cobrar. Então, dentro das <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_74">ações</span> de conquistar essa comunidade a gente foi por outros caminhos. A gente criou um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_75">projeto</span> chamado “Memória”, para que as pessoas mais antigas da cidade entendessem que a memória delas é cultura. E que se elas morrem e levam as informações com elas, estão sendo egoístas, pois a cidade é nova, tem 45 anos, e elas viveram a passagem de distrito para cidade. Então, elas teriam que contar isso. Quando você conquista essas pessoas e elas se sentem úteis porque estão socializando com a geração <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_76">atual</span> a cultura que viveram, elas se sentem bem, se sentem valorizadas. Então, elas é que vão cobrar o prefeito.</span></div><div><a href="http://www.culturavotorantim.com.br/"><span style="font-size:85%;color:#6600cc;"><strong>http://www.culturavotorantim.com.br/</strong></span></a><span style="font-size:85%;color:#6600cc;"><strong> / </strong></span><a href="http://www.werintonkermes.blogspot.com/"><span style="color:#6600cc;"><span style="font-size:85%;"><strong>http://www.werintonkermes.blogspot.com</strong>/</span></span></a></div><div><br /><span style="font-size:85%;"><span style="color:#330099;">Por:Júlio César Gonçalves<br />Foto: <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_77">Matheus</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_78">Mazini</span></span> </span></div>Carmen La Viehttp://www.blogger.com/profile/04122924738593432395noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8659918093041338087.post-64287689252148614212009-02-22T13:49:00.000-08:002009-03-18T16:31:33.591-07:00A Arte de Claudyo Casares<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4pYRdL4JCsFhicOaKuiCTPls0b8572rMJpIFiYyVvAaLO5rUqlNpZRPzQryQ1ywcKNMyAn_qTXsE0Z_8zD-kHIGI6jP7-Y91QRiEcx7uHyEEH5dVosp29Wny261dfYJ6vm3t_NuJ9J2o/s1600-h/bailarina.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5305742211569562562" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 169px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4pYRdL4JCsFhicOaKuiCTPls0b8572rMJpIFiYyVvAaLO5rUqlNpZRPzQryQ1ywcKNMyAn_qTXsE0Z_8zD-kHIGI6jP7-Y91QRiEcx7uHyEEH5dVosp29Wny261dfYJ6vm3t_NuJ9J2o/s320/bailarina.jpg" border="0" /></a><br /><div align="center"><strong><span style="font-size:78%;">"Bailarina"</span></strong></div><br />O artista passeia pela história da arte e cria imagens enigmáticas de olhares penetrantes que nos acompanham. São seres cubistas com tendências <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">picassianas</span>, recortados dos vários planos nos quais a imagem se recompõe.<br />As formas coloridas, que mapeiam o fundo das obras, criam diagramas policromáticos que se aproximam pela composição aos mosaicos <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">arquetípicos</span> dos vitrais bizantinos.<br />Numa busca incessante, vai da figuração de Picasso e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">Matisse</span> até o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">geometrismo</span> de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">Mondrian</span>.<br />A <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">releitura</span> feita por Casares das obras do passado reafirma a qualidade de sua produção e a busca pelo conhecimento só vem enobrecê-lo, pois quem se fundamenta em bons referenciais incorre em menor risco de erros.<br />Não dá para classificá-lo como um artista regionalista, pois o seu pensamento inquieto o faz buscar além fronteiras, ele está antenado com o mundo. A globalização pode não ser uma realidade, mas essa nova forma de dominação intelectual já se manifesta na sua iconografia, o espaço geográfico, que no passado serviu apenas de mediação <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">intelectiva</span> para o ato criador, no presente registra e marca, com sulcos <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">ranhurais</span>, o seu percurso <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">ermitivo</span> pelo planeta Terra.<br />A contaminação se dá, também, pela paisagem. Imagens simbólicas das culturas por onde transitou aos poucos vão sendo incorporadas ao seu texto visual.<br />Em sua obra “<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">Guernica</span> um pesadelo que nunca termina”, os representantes do holocausto são os mesmos mentores maléficos que afligem e torturam, no campo físico e mental, o mundo contemporâneo. Já a “Boiada <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">Pantaneira</span>”, uma outra homenagem <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">picassiana</span>, foi idealizada a partir da delicadeza contida nas <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">dobraduras</span> do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">origami</span>, tendo como pano de fundo os <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">paredões</span> da Chapada dos Guimarães.<br />Em suas “<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15">Gatonças</span>”, “Namoro Felino” e “Peixes” numa singela homenagem ao Estado de Mato Grosso, as obras incorporaram alguns dos seus elementos iconográficos mais ricos, a exemplo do Rio <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16">Cuiabá</span> e do Morro de Santo <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_17">Antônio</span>. A série ”Dança dos Mascarados”, além da reverência à cultura popular da baixada <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_18">cuiabana</span>, evidencia a viola de cocho e sugere um dialogo <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_19">intracultura</span>, por intermédio das máscaras dos ídolos do cinema, o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_20">Batman</span> e o Robin. O “Galo” com bico de saca-rolhas e o “<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_21">Arcodeonista</span>” remetem ao período que viveu nas terras portuguesas.<br />Ao produzir sua “<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_22">Pietá</span>” ,o artista satiriza com a dor provocada pela diversidade cultural e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_23">econômica</span>, uma mendiga com seu filho ao colo. Mãe e filho choram copiosamente, postados na porta de um palacete, caracterizado pelo ícone geográfico da cultura, o “Morro de Santo <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_24">Antônio</span>”. Por trás dos personagens foi afixada uma tabuleta onde se lê: Sorria você está sendo filmado. A globalização também é homenageada com o seu lado mórbido, no “Jantar da Globalização” são servidas cabeças humanas, para serem degustadas com garfo e faca. Porém, por outro lado, em seu lado poético “Mesa Posta (Harmonia Vermelha)” <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_25">matissiana</span>, Casares cria um perfeito namoro em vermelho e azul enriquecido pela luminosidade do branco das cadeiras, e, no recorte da janela, em lugar da fria paisagem russa ele privilegia a vista marítima, do seu <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_26">ateliê</span>, em Lisboa.<br />Suas mulheres, são as próprias indagações do artista, seus olhos reformulam o questionamento da arte e é através deles que o mundo é percebido. É como se o artista visse pelo <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_27">viés</span> dessas lentes de complexidade obtusa, no olhar de uma das personagens <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_28">Les</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_29">Demoiselles</span> d’<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_30">Avignon</span>. Ver e analisar a arte é a própria arte. Ele está ao mesmo tempo dentro e fora da tela.<br />Fagulhas <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_31">caleidoscópicas</span> agregadas, umas às outras, formam uma teia que o aprisionam.<br />A sensualidade do corpo feminino, em algumas de suas obras, se faz presente com tamanha simplicidade e segurança que não nos aflige nem seduz, apenas nos conduz para uma leitura perceptiva da obra. “O retrato de Bela” é a prova disto.<br />O que salta aos olhos é a exuberância das cores, usadas nos seus matizes primários provando que o artista tem o gosto pela pintura. O jogo monocromático do seu painel da Casa Cor 2000 comprova isto. Uma combinação de cores quase puras criando um ambiente gráfico, onde os demais elementos da de/composição são colados no campo colorido.<br />O seu desenho é pensado e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_32">arquitetado</span> por toda a dimensão do suporte.<br />O artista tem o completo domínio do traço, porém, a meu ver, ele é utilizado apenas como exercício do aprisionamento da temática; na verdade, a sua busca incessante está na composição de blocos sobrepostos dos elementos da cor.<br /><br />(José Serafim <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_33">Bertoloto</span>) Fonte: <a href="http://www.claudyocasares.art.br/"><strong><span style="color:#6600cc;">www.claudyocasares.art.br</span></strong></a>Carmen La Viehttp://www.blogger.com/profile/04122924738593432395noreply@blogger.com0