domingo, 14 de março de 2010

Sorocabanas ...

Andréia Nhur e Janice Vieira


“No momento em que a gente dança, alguma coisa mágica acontece. Talvez um transe, um êxtase, não sei”. A frase foi dita por alguém que viveu uma vida toda dedicada à arte de dançar. Coreógrafa e dançarina, Janice Vieira foi um marco da dança moderna em Sorocaba. Em 1963, montou a primeira academia de dança da cidade, onde grandes referências da área, como Mônica Minelli e Ismênia Rogick, se formaram. Com seu grupo de alunos, propagou o nome de Sorocaba por todo o Brasil, fazendo apresentações de coreografias em programas de TV de emissoras como Tupi e Cultura. Hoje, aos 68 anos de idade, Janice define sua carreira como uma sucessão de acontecimentos que a encaminharam a algum lugar. “Hoje penso que era muito incomum uma menina pobre numa cidadezinha do interior começar a estudar balé”, diz. E foi assim que tudo começou. Aos 10 anos de idade, época em que já tocava acordeão, Janice foi assistir uma apresentação de balé em Itapetininga, cidade onde morou até mudar-se para Sorocaba, aos 13 anos. Ficou encantada ao ver uma jovem dançando na ponta dos pés. “Era a Miriam Rabello, com quem passei a ter aulas de dança. Nesse mesmo período, comecei a fazer minhas próprias coreografias e desenvolver a criação em dança”, conta. Nos anos 70, ao lado do bailarino Denilto Gomes, Janice marcou seu nome na história da dança, ao liderar o grupo Pró-Posição Ballet Teatro, responsável pela produção de dois espetáculos revolucionários da dança moderna brasileira: Boiação (1977) e O Silêncio dos Pássaros (1978). Ela também foi docente em várias universidades, autora de diversas coreografias expressivas, além de ter recebido muitos prêmios. Atualmente desenvolve projetos ao lado da filha, Andréia Nhur, e atua no resgate do material do Grupo Pró-Prosição, além da criação sonora e figurinos das peças do grupo Katharsis da Uniso.


Fonte: Vanessa Olivier

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