sábado, 27 de março de 2010

"Armando a Metamorfose"



Nasceu em Sorocaba em 30 de outubro de 1934 e é funcionário público aposentado da Justiça do Trabalho. Casado com Vilma constituiu uma bela família da qual vive rodeado constantemente de filhos e netos.

Licenciado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Sorocaba, exerceu o magistério superior na Faculdade de Comunicação Social de Itapetininga (FKB) e na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Tatuí.
Membro da Associação Sorocabana de Imprensa, foi um dos 14 membros efetivos fundadores da Academia Sorocabana de Letras e seu presidente no biênio 1993/1995.
Coincidentemente, presidiu o Conselho Municipal de Cultura. No período, a Academia co-editou, com o Conselho Municipal de Cultura, o Fundo de Assistência à Cultura e à Educação (Faced) e a OSE, vários opúsculos, entre os quais tudo começou na Escola Profissional, de Afonso Celso de Oliveira (1995), Estórias populares de São Paulo (Piracicaba – Sorocaba – Botucatu), de Waldemar Iglésias Fernandes, com prefácio de Hernâni Donato (1994) e Sorocaba, urgente! (1995), de Valter Luiz da Silva.

Armando Oliveira Lima presidiu o Gabinete de Leitura Sorocabano (1979/1981), numa das mais dinâmicas gestões da centenária instituição cultural. Na ocasião, coordenou, juntamente com o advogado Antônio R. Figueiredo e o jornalista Geraldo Bonadio, a "Semana das Liberdades", promovida conjuntamente pelo Gabinete, Associação Sorocabana de Imprensa e Associação dos Advogados de Sorocaba que trouxe a Sorocaba personalidades como Fernando Moraes, Gianfrancesco Guarnieri, Hélio Bicudo e Fernando Henrique Cardoso.

Sempre foi colaborador assíduo da imprensa sorocabana e durante vários anos foi cronista do Jornal Diário de Sorocaba. Teve ativa participação no teatro amador sorocabano, como autor de várias peças, entre as quais “Espoletildo”, co-fundador do Teatro dos Três e presidente da Federação de Teatro Amador da Baixa Sorocabana (FETABAS).Foi fundador e coordenador da Elu (Editora Literatura Universal), o mais bem sucedido clube do livro do mês de nossa cidade. Como editor, deu ênfase à publicação, por aquela casa, de autores sorocabanos como Messias P. de Paula (Histórias de 2000 anos) e Benedito Walter Marinho Martins (Praia da Banana), que obtiveram grande sucesso editorial. Em 1972, quando do Sesquicentenário da Independência, coordenou e foi um dos autores de “A Luta pela Independência”, também publicado pela Elu.

Publicou o livro de poemas Pés no chão (Elu, 1973), os Opúsculos Ave, Cristo (1982), Pesquisa escolar (OSE- 1982), Emília no mundo dos livros (OSE, 1982) e Impróprios culturais (Academia Sorocabana de Letras, 1997).É autor dos artigos “Escravidão na história e na literatura brasileira” (v. 9/1, 1983) e “Do espírito universitário” (v. 16/1, 1990), publicados na Revista de Estudos Universitários, da Uniso.Preside atualmente o Instituto Darcy Ribeiro de Sorocaba que homenageia anualmente personalidades culturais importantes da cidade de Sorocaba e da região.


É consultor do Núcleo de Cultura Afro-Brasileira, da Universidade de Sorocaba.É o criador e organizador do concurso de poesia “Depoesia” de Sorocaba que, sob sua coordenação vem anualmente premiando novos talentos da cidade de Sorocaba e região. Co-fundador da Academia Sorocabana de Música, foi por curto período, patrono por eleição direta do Centro Acadêmico da Faculdade de Filosofia de Sorocaba.Co-fundador do MUE – Movimento Universitário Espírita e da Revista “A Fagulha”. Nessa época foi difusor do espiritismo, proferindo palestras e escrevendo artigos sobre o tema.Recebeu da Câmara Municipal de Sorocaba o título de Cidadão Emérito por indicação do ex-vereador Horácio Blazeck.


Fonte: www.sorocult.com.br/cartaz Radar Comunicações/Exposição organizada por Carmen Oliveira Lima
PS.: Quando criança achava estranho Armando, sempre na máquina de escrever, um cigarro na boca, nunca olhava o teclado e conversava ao mesmo tempo, uma visão diferente ! Mais tarde tornei-me fã...

domingo, 14 de março de 2010

Sorocabanas ...

Andréia Nhur e Janice Vieira


“No momento em que a gente dança, alguma coisa mágica acontece. Talvez um transe, um êxtase, não sei”. A frase foi dita por alguém que viveu uma vida toda dedicada à arte de dançar. Coreógrafa e dançarina, Janice Vieira foi um marco da dança moderna em Sorocaba. Em 1963, montou a primeira academia de dança da cidade, onde grandes referências da área, como Mônica Minelli e Ismênia Rogick, se formaram. Com seu grupo de alunos, propagou o nome de Sorocaba por todo o Brasil, fazendo apresentações de coreografias em programas de TV de emissoras como Tupi e Cultura. Hoje, aos 68 anos de idade, Janice define sua carreira como uma sucessão de acontecimentos que a encaminharam a algum lugar. “Hoje penso que era muito incomum uma menina pobre numa cidadezinha do interior começar a estudar balé”, diz. E foi assim que tudo começou. Aos 10 anos de idade, época em que já tocava acordeão, Janice foi assistir uma apresentação de balé em Itapetininga, cidade onde morou até mudar-se para Sorocaba, aos 13 anos. Ficou encantada ao ver uma jovem dançando na ponta dos pés. “Era a Miriam Rabello, com quem passei a ter aulas de dança. Nesse mesmo período, comecei a fazer minhas próprias coreografias e desenvolver a criação em dança”, conta. Nos anos 70, ao lado do bailarino Denilto Gomes, Janice marcou seu nome na história da dança, ao liderar o grupo Pró-Posição Ballet Teatro, responsável pela produção de dois espetáculos revolucionários da dança moderna brasileira: Boiação (1977) e O Silêncio dos Pássaros (1978). Ela também foi docente em várias universidades, autora de diversas coreografias expressivas, além de ter recebido muitos prêmios. Atualmente desenvolve projetos ao lado da filha, Andréia Nhur, e atua no resgate do material do Grupo Pró-Prosição, além da criação sonora e figurinos das peças do grupo Katharsis da Uniso.


Fonte: Vanessa Olivier

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Gai Sang


Gai Sang - Gai Sang Oliveira Cheung


Jornalista formado pela PUC - CAMP em 1980. Trabalhou no extinto jornal ''Hoje'', em Campinas, e colaborou com o jornal ''Correio Popular'' da mesma cidade. Em 1984 transferiu-se para Sorocaba onde atuou no jornal ''Cruzeiro do Sul'' até 1988. Depois atuou como free-lancer e colaborador de diversas publicações. Ao mesmo tempo esteve a frente de diversos projetos culturais na cidade de Sorocaba como o Cinebando Cineclube, CineSenac, Vídeomostra do Senac e a Sessão de Arte no Sorocaba Shopping, entre outros. Também teve atuação destacada na área teatral onde fez adaptações e escreveu diversos textos entre os quais se destacam ''O Baile'' (adaptação do filme homônimo, ''Blue Moon'', ''A Fúria'', ''Os Maus Se Perfumam Com Gasolina'', ''O Castelo do Bispo'', ''A Senhora da Razão'', ''Ritos do Amor e do Esquecimento'' e ''Anjos & Cowboys'', entre outros. Como encenador dirigiu apenas um espetáculo, ''A Longa Espera de Uma Incessante Procura'', texto de Cláudio Eduardo de Castro, em 1983. Foi também um dos idealizadores do projeto musical ''Som da Gente'' (1985) que tinha o objetivo de divulgar artistas locais. Mais tarde, o evento serviria de base para o projeto ''De Olho no Som'', criado e organizado pelo músico Celso Magrão.

Fonte: www.sorocaba.com.br/enciclopediasorocabana

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Bluesman Marcos Boi


O músico e produtor musical Marcos Boi entrevistado do
Programa PROVOCARE FM, da Rádio Cruzeiro FM (92,3 MHz)


Nascido em Mairinque, Marcos Renato da Silva iniciou os estudos de solfejo e teoria musical em 1976, com Waldemar Oliveira. Estudou piano, violino, guitarra e violão, além de aprofundar seus estudos no Conservatório Dramático Musical Carlos de Campos, de Tatuí.

Em 1998, Marcos Boi gravou o CD “Diversônico”, com a banda de rock Deciberro. A música de trabalho – “Terra Rasgada” – tocou nas principais rádios do Estado, além da divulgação em programas das principais emissoras de TV. Ainda em 1998, ele iniciou seu trabalho solo como bluesman, criando a banda Mad Dog Blues, que lançou o cd “Cachorrada”, em 1999. Desde então, o músico tocou nos principais eventos e casas de blues.

Ao lado de diversas cantoras como Márcia Mah, Misty, Marinete Marcato e Simone Silva, Marcos Boi atua como sideman, profissional contratado para gravar em um grupo que ele não faz parte, função bastante requisitada no mundo musical. Marcos também trabalhou como produtor cultural na Oficina Regional Grande Otelo, além de ministrar aulas sobre a história do blues em diversas escolas e entidades.

Atualmente Marcos atua em parceria com o contador de histórias José Bocca em projetos como o “Viola, causos e crendices”, da Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de Votorantim.


http://www.cruzeirofm.com.br/.

O programa é apresentado por Míriam Cris Carlos, tem a direção de Werinton Kermes, trabalhos técnicos de Fábio Costa, produção de Luciana Lopez e assistência de produção de Samira Galli.

PROVOCARE FM – porque ouvir é diferente de escutar


(Samira Galli provocarefm@yahoo.com..br)

sábado, 22 de agosto de 2009

Boca cheia de Histórias ...




Apresentando histórias para crianças de 0 a 100 anos, José Bocca (Ator e Contador de Histórias) conduz o público a uma viagem lúdica, despertando no espectador parte de sua infância.
Quase todos já tivemos nossos sonos embalados por fadas, bruxas, sapos, princesas e outros seres.
Em um tempo de comunicação instantânea, informatizada, a figura do "Contador" nos convida a visitar nosso passado, quando este era a memória de uma determinada comunidade (Os bardos na Europa/Ásia, Griot, África, etc...).
As histórias apresentadas são dos mais distintos universos, há desde nomes consagrados da literatura (Marina Colasanti, Moacyr Scliar, Regina Machado, Ricardo Azevedo...), como também contos, causos e lendas, que o contador colhe nas suas andanças...

Desde pequeno, a língua dele parecia estar solta do tanto que carecia falar. Era o centro de todas as rodas, das de amigos e da família: alguém dava uma pausa, já vinha o garoto tomando a palavra. Tanto que a mãe dizia que os pecados dele seriam cometidos pela boca. E assim a profecia materna se cumpriu, transformando José Antonio Carlos em Zé Bocca, um contador profissional de causos. 'Sempre falei demais, contava coisa que não devia, soltava comentários fora de hora. Mas é melhor pecar por palavras que por omissão', justifica.

Ao contrário dos famosos contadores de causos do interior brasileiro - figuras que perambulavam entre caboclos, sertanejos e tropeiros, tão presentes nas obras de escritores como Guimarães Rosa e Mário de Andrade , o paulista é cria urbana. Nasceu em Votorantim, a 100 quilômetros da capital, cercado por indústrias de tecidos, papel e cimento. A cidade cresceu ao redor do grupo industrial que lhe empresta o nome, e sua população inicial foi formada basicamente por operários. Os pais de Zé, Helena e Toninho, não fugiram à regra. Ele próprio, como bom filho de peixe, já com 14 anos também enveredou pelo trabalho operário. Mas diz que o menino não gostava muito de sujeira nem do serviço braçal. Dois anos depois, foi para a área de segurança do trabalho e aí, sim, podia pelo menos perambular pela empresa ouvindo e falando com os empregados. Na verdade, mais falando do que ouvindo.

Sou daqueles que querem saber de tudo, o que caía na minha mão eu lia, de literatura de cordel a física quântica. Formava um grupo de discussão, fazia minha inscrição, conta o contador. E nessa história de se envolver com o que aparecia na frente, começou a participar do movimento sindical da fábrica. Foi despedido logo em seguida. Segundo Bocca, os dois anos de desemprego foram duros, mas proveitosos, pois fez bicos em diversos lugares - vendedor de carnê, depois de chocolate, carne.. e assim foi acumulando um bocado de causos por aí, contados principalmente pelas pessoas que vinham da zona rural de Votorantim.

Até então, o dom de artista ainda não havia sido descoberto. Contar causos era só um passatempo entre amigos. O acontecido mesmo deu-se, como Bocca começa muitas de suas prosas, nos idos de 1987 numa praça da cidade vizinha, Sorocaba. Um grupo de teatro, chamado "A Engrenage", estava declamando versos e me perguntou se eu tinha decorado algum poema. Na hora, lembrei da música "Língua" do Caetano Veloso, e comecei a disparar o texto: Gosto de ser e de estar/ E quero me dedicar a criar confusões de prosódias e uma profusão de paródias/ que encurtem dores e furtem cores como camaleões. Depois disso, Zé percebeu que o teatro, as poesias, as histórias iam ao encontro de seu desejo de falar coisas bonitas e ainda divertir as pessoas.
Decidiu então que ganharia a vida como artista-contador, e o apelido de infância virou nome artístico.
Os trabalhos foram aparecendo: de festas infantis, encontros em bares e fábricas às praças de Votorantim e arredores. Desde 2000, a secretaria de cultura da cidade também organiza diversas apresentações de 'contação de história' com ele e outros artistas. Há o projeto Histórias na Calçada, que acontece uma vez por semana em diferentes bairros da cidade, principalmente os rurais, e todo mês há o Viola Causos e Crendices na praça de eventos, em que os moradores são incentivados a contar seus causos. Não sem ganhar antes uma dose da 'marvada' para descontrair.

Assim, desde que assumiu essa profissão, Bocca carrega consigo um gravador para não esquecer nenhuma das pérolas dos moradores da região. Também costuma fazer exercícios de memória para lembrar dos episódios contados pela mãe e pela tia Alice, que sempre encantou a família inteira com as peripécias de Pedro Malasartes, jovem aventureiro do folclore espanhol, português e brasileiro. O tio João Krigher e o primo José Maria da Silva, o Zé do Ponto, escritores e conhecedores de muitas histórias, também são referências importantes no repertório do contador.
Nos episódios caipiras tem sempre o cabra-macho, o caboclo matuto, uma conversa na vendinha, uma história de amor singela, a cura do doente pela bondade das ervas... No causo pode tudo e eu juro que tudo que conto é verdade, afirma Bocca, usando um sotaque do interior, com "r" acentuado, que só aparece, a bem da verdade, na hora de contar. Timidez jura que não sente. Muito pelo contrário, fico à vontade com gente em volta. No bar do Zé das Cabras, no bairro rural do Carafá, por exemplo, nos dias em que o artista aparece, os agricultores e operários da região se juntam numa mesa e começam o ritual. Alguns acendem um cigarrinho de palha e todo mundo desanda a comer mortadela no palito. Mas mantendo-se atentos às histórias que parecem ter ocorrido nas vizinhanças. Como escreve o mineiro Guimarães Rosa na novela Campo Geral, do livro Manuelzão e Miguilim: 'Conta mais, conta mais... E Miguilim, sem carecer esforço, contava estórias compridas, que ninguém nunca tinha sa-bido, não esbarrava de contar, estava tão alegre, nervoso, aquilo para ele era o entendimento maior...

Zé Bocca faz suas apresentações com o músico Marcos Boi .

A Seresteira Maria Germani


Figura emblemática da boêmia em Sorocaba, a cantora Maria Germani era dona de uma voz de veludo e de um talento singular. Pioneira, ela foi uma das primeiras cantoras a introduzir a música ao vivo nas noites sorocabanas, na década de 70.


Em seus 35 anos de carreira, tornou-se conhecida nacionalmente e admirada por inúmeros fãs.

O talento de Maria começou a despontar cedo, aos 5 anos de idade. Em Angatuba, sua terra natal, ela ganhou seu primeiro concurso interpretando um jingle para um produto farmacêutico. Desde então, Maria não parou mais de cantar e fez da arte o seu projeto de vida.


Em Sorocaba, conheceu o maestro e pianista Luiz Candotto Neto, o Luizito, com quem se casou 12 anos depois e teve duas filhas. Juntos formaram o conjunto Os Cafonas e, mais tarde, o Trio de Ouro.


Apesar de a música ser a sua maior paixão, não era da arte que Maria tirava o seu sustento. Durante o dia, era funcionária pública em uma escola estadual. À noite, trocava as roupas formais de secretária por exuberantes vestidos de gala. Vaidosa, jamais entrava em cena sem estar impecavelmente vestida. “Uma vez ela estava indo fazer um show e, no caminho, percebeu que não havia colocado os brincos. Não pensou duas vezes, voltou para buscá-los”, conta a filha Maria Helena Germani Notari.


Ao longo de sua carreira, Maria recebeu diversos troféus e participou de vários programas de televisão. Gravou um LP compacto pela produtora Novo Tempo Comunicação, intitulado Grandes Interpretes na voz de Maria Germani.

Aos 62 anos, no dia 3 de abril de 1995, faleceu, deixando um imenso vazio nas rodas de serestas da cidade.

(Fonte: Vanessa Olivier)

sábado, 11 de julho de 2009

O Músico ...

João Leopoldo Bueno de Aguiar

Paulista, João Leopoldo Bueno de Aguiar 30 anos, radicado em Sorocaba, é pai de dois filhos, Clara de 12 anos e João Pedro de 5. Namora a funcionária pública Marina Betti Viana de Carvalho há dois anos.
Pianista e tecladista, está há 13 anos em atividade. Aos 10 anos começou a estudar música no Conservatório de Tatuí, onde se formou. Atualmente, ao lado do produtor, diretor e videomaker Juca Mencacci, está desenvolvendo um projeto musical que envolve vertentes artísticas como o teatro, a literatura e o vídeo, intitulado Idéia Nova Idéia Velha. Também está envolvido com trilhas para filmes, documentários, teatro e publicidade.

BIANCHINI :Uma frase que resuma sua filosofia de vida.
João Leopoldo Ser fiel à minha música e a mim mesmo.

B: Uma pessoa que gostaria de ter sido em outra vida.
JL: Já pensei em algumas personalidades, grandes músicos, poetas e escritores. Gostaria somente de ter sido uma pessoa tranqüila e feliz. Alguém que tivesse feito o seu melhor aos seus semelhantes. Uma pessoa humana e generosa.

B: Se não fosse músico, o que você seria?
JL: Um instrumento musical. De preferência um piano (risos). Mas, falando sério, quando era mais novo até pensei em ser arqueólogo.

B: Relaxar é...
JL: O prazer de fazer o que se gosta.

B: Qual atitude não tolera nas pessoas?
JL: Ignorância.

B: O que não pode faltar numa viagem à Lua?
JL: O manual de como se vive lá.

B: Um arrependimento.
JL: Não ter dito o que era pra dizer na hora certa. E dizer o que não era pra ser dito na hora errada.

B: Qual foi a situação mais constrangedora que já viveu?
JL: Ter falado de forma pejorativa sobre alguém, sem saber que esse alguém estava ao meu lado.

B: Uma música...
JL: “Água & Vinho”, de Egberto Gismonti. Disco “Alma ao vivo”.
B ...: o que combina com essas músicas?
JL: Uma alma em paz.

B: O que você faz para melhorar o mundo?
JL: Tento educar meus filhos da melhor maneira possível para que eles possam ter uma consciência maior sobre o mundo em que vivemos, e fazer o seu melhor tanto para o mundo, quanto para os que vivem nele.

B: O que não tem preço?
JL: Família.

B: Um absurdo...
JL: Violência física, moral ou psicológica.

B: O que as pessoas dizem sobre você?
JL: Acho que é melhor você me responder isso. Tento ser sociável e, na minha vida particular, uma pessoa agradável.

B: Uma cor, um sabor e um cheiro de infância.
JL: Cor, azul. Sabor, arroz com galinha caipira. Cheiro, de grama úmida da manhã quando morava no sítio.

B: Quais seriam seus três desejos se encontrasse a lâmpada do gênio agora?
JL: Saúde, dinheiro e tranqüilidade. O que sempre desejamos nas passagens de ano.

B: Seu maior orgulho:
JL: Meus filhos.

B: O que mudaria em você?
JL: Já mudei o hábito de fumar.

B: Que tipo de trabalho musical gostaria de realizar que ainda não realizou?
JL: Um projeto musical social que resgate a cultura da periferia e dê oportunidade a novos talentos. Reconhecer socialmente essa cultura desfavorecida politicamente é uma forma de dar estima e diminuir, através da música, a violência e as frustrações.

Por: Vanessa Olivier vanessa@editoraa2.com.br
Foto: Matheus Mazini